Nossa história
A Associação Betel de Assistência Social - ABAS atua a mais de 60 anos na área social, cultural e educacional sempre pensando no desenvolvimento de quem mais precisa.
Em 1960, a senhora Bernarda Silvestre teve o entendimento de iniciar um atendimento à meninas órfãs em Belo Horizonte uma vez que, junto com o seu esposo, Anselmo Silvestre, recebiam na residência deles pessoas enfermas vindas de diversas cidades mineiras. Assim, foi alugado no bairro Salgado Filho uma casa e iniciado o orfanato com 12 meninas.
Em seguida, foi construído no centro de Belo Horizonte um cômodo de madeira para a confecção de vestidos infantis, junto com outras mulheres, para serem revendidos, levantando recursos para aquisição de um terreno que já havia sido escolhido por ela no Município de Contagem, terreno este onde seria construído o Lar Betel.
Sempre empreendedora, de imensa fé e determinação “Irmã Bernada” adquiriu quarenta lotes no bairro São Sebastião. Através de mutirões e orientação de um construtor voluntário, foi erguido o primeiro prédio, acomodando 85 meninas a partir de um ano de idade.
Dificuldades? Sempre existem dificuldades para quem se põe a fazer o bem. Mas diversos foram os colaboradores que investiram na construção e trabalho do lar Betel. As senhoras apoiadoras confeccionavam vestidos que eram vendidos para diversas regiões, com toda a renda aplicada na provisão e pagamento do terreno.
Anos mais tarde, veio a noticia de que, devido à construção de uma via pública, a área seria desapropriada. Tempo difícil. Novas campanhas foram iniciadas para que um novo prédio fosse construído para abrigar as meninas. Nesta época, a senhora Bernarda estava com a sua saúde debilitada, mas não desistiu. Novos mutirões foram feitos e assim foi edificada uma nova casa: Um prédio de dois pavimentos erguido para ser o novo lar das meninas, denominado Lar Betel.
Mudanças na legislação: a Associação Betel de Assistência Social passou a trabalhar no sistema de Abrigo atendendo a 36 meninas na faixa etária entre 2 a 10 anos. Programas de assistência psicológica, assistência médica, reforço escolar, arte, terapia com materiais diversos, educação pré-escolar, acompanhamento familiar, tudo para promover a reestruturação na família e observar os cuidados necessários para as famílias substitutas. E mais: acompanhamento para adoção com o apoio da vara da Infância e Juventude.
A ABAS oferecia às meninas a possibilidade de participarem de um coral infantil e grupos de coreografias. Lazer dirigido e horta caseira também compunham as atividades no local. De 1994 a 1999, foi firmado uma parceria com a Visão Mundial. Assim, 165 crianças externas eram atendidas com vários programas, buscando incentivar os estudos e auxiliar as famílias da comunidade em suas carências, melhorando a renda e diminuindo a evasão escolar.
Nestes 40 anos de funcionamento, mais de 2.800 crianças foram atendidas que ali cresceram, casaram-se e formaram famílias. Hoje, temos boas noticias de famílias que foram formadas a partir da inquietude da Irmã Bernarda.
De 1996 a 2007 a ABAS ofereceu cursos profissionalizantes na unidade de Contagem e Belo Horizonte, tais como iniciação de informática, alfabetização de jovens e adultos, repasse de cestas básicas, atendimento psicológico, socialização familiar e biblioteca comunitária. Através de convênios com o poder público. Mais de mil alunos matricularam-se no curso de alfabetização. Destes, 750 foram totalmente alfabetizados. A instituição também atendeu em sistema de creche e pré-escola a mais de 70 crianças da comunidade.
Além do atendimento às crianças, a ABAS também atuou como lar de idosos acolhendo centenas pessoas ao longo de 30 anos em Contagem. No ano 2000, foram encerradas as atividades no lar de idosos e as atividades se concentraram nas ações de assistência e cursos.